A associação Ebora, foi criada pela senhora Maria de Fátima Souza Oliveira, conhecida pelos deuses africanos e registrada pelos deuses africanos, como Mejito Dan Yalorixá Fátima.
Antes dos papéis, documentos e burocracia para o registro oficial da associação, Ebora já existia há muitos anos.
Desde 1975 foi iniciado o projeto, numa pequena cidade chamada Santa Luzia. Todavia, para entendermos o nascimento da associação e sua importância, não podemos deixar de falar um pouco da história de vida da Yalorixá.
Quando muito pequena, ficou órfã de pai e mãe. Aos 9 anos, tinha um sonho de criar um espaço para crianças, que não tiveram a sorte como a dela. “Eu sempre tive mães e pais que me acolheram. Queria que outras crianças tivessem a roupa como eu tinha, que pudesse comer como eu comia e principalmente a coragem que tive,” disse. A Yalorixa, cresceu ajudando crianças e adolescentes com aulas, atividades artísticas e sobretudo amor. O perfil ainda é de menores carentes, na maioria crianças negras, que buscam um espaço para simplesmente serem crianças.
Depois, por 20 anos, houve um recesso das atividades, quando a Yalorxá foi morar na Europa. Sua condição de vida melhorou e por ordem espiritual, retornou ao Brasil e abriu um terreiro, também chamado como Kwe, em São Paulo e na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia. Ainda sem documentos, o que estava guardado na gaveta e no coração, foi retomado porque se via que as necessidades dos menores da comunidade de Ilhéus, não parava de crescer, e para atender a essas crianças e adolescentes, ela teve e tem ainda o apoio dos seus colaboradores que são: os seus filhos de santo e amigos.
Hoje como associação registrada sem fins lucrativos, a Yalorixá tem um sonho e uma meta de que esse projeto possa receber ajuda e se expandir. “O único lucro que existe neste projeto é o equilíbrio de cada criança”, disse a Iyalorixá.
Agora há dois espaços: o terreiro como o espaço religioso e a associação Ebora, como um espaço aberto à comunidade, ajudando na promoção da cultura, história e identidade afro brasileira. Ebora, desenvolve atividades como: a dança, capoeira, aula de inglês, aula de italiano, pintura, artesanato, história e oralidade.